O Ecossistema Itajubá HardTech venceu a 8ª edição do Prêmio Nacional de Inovação (PNI), promovido pelo Sebrae e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na categoria Médio Porte. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 26 de setembro, durante cerimônia no São Paulo Expo, na capital paulista.
O evento reuniu os 56 finalistas das categorias empresas, pesquisadores e ecossistemas inovadores. Ao todo, a iniciativa avaliou a capacidade de inovação de 3.005 mil projetos inscritos de todos os estados brasileiros, número considerado um recorde desde 2017. Conheça todos os vencedores neste link.
“Essa conquista e reconhecimento são de todos que pertencem e atuam para que esse grande ambiente de C&T&I de Itajubá, denominado Itajubá Hardtech, exista e apresente resultados cada vez mais expressivos a cada dia”, disse o diretor executivo da Inovai, Maurício de Pinho Bitencourt. “Não começamos agora, é uma caminhada de mais de 20 anos. Nesse período, muitos colaboraram para que chegássemos até aqui, houve muito esforço, dedicação e persistência de muitas pessoas, que doaram tempo e recursos para transformar o ecossistema em algo palpável e real”, completou.
Para Maurício Bitencourt, a Inovai é instrumento para apoiar e catalisar os esforços dos empreendedores e das pessoas que fazem a diferença em ciência, tecnologia e inovação em nosso município. “Estamos felizes e orgulhosos de ver o Ecossistema de Itajubá em destaque no Brasil. Seguiremos em frente porque sabemos que os desafios serão cada vez maiores, mas, agora, estamos com a motivação e a esperança renovadas. Agradeço a todos os parceiros, nas três esferas de governo, aos atores do Ecossistema Itajubá HardTech e aos empreendedores que sempre caminharam conosco. Sem eles, nada disso seria possível”, destacou.
“O reconhecimento celebra e reconhece o trabalho que vem sendo feito no município e o papel das cidades de médio porte no fomento da criatividade, da tecnologia e do empreendedorismo no Brasil”, afirma o superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha.
REPERCUSSÃO
“Ganhar o Prêmio Nacional de Inovação foi muito importante porque mostra a grandeza do nosso ecossistema, a grandeza das possibilidades de crescimento que se abrem para nós com esse reconhecimento e a necessidade que temos em potencializar ainda mais as conexões entre todos os atores do Itajuba HardTech”, afirmou o reitor da Unifei (Universidade Federal de Itajubá), Édson Bortoni. “Dentro da tríplice hélice que caracteriza o ecossistema, nossa universidade tem papel fundamental, junto com as demais instituições de ensino do município, na formação de mão de obra altamente qualificada e de empreendedores nas mais diversas áreas do conhecimento”, completa.
De acordo com Pedro Emboava, superintendente de Inovação Tecnológica do Governo de Minas Gerais, o Prêmio Nacional de Inovação é a materialização dos esforços dos diversos atores, tanto da iniciativa pública, quanto da iniciativa privada, a nível municipal e estadual, no desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação, que gera impacto direto para o setor produtivo. “Itajubá sempre se destacou em Minas Gerais como um ecossistema pujante e o trabalho realizado pela Inovai, Unifei, pelo setor público municipal e pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico são coroados com essa premiação para continuar gerando emprego e renda de qualidade no município”, disse
“Essa conquista é um reconhecimento muito importante para o município e mostra que Itajubá é vetor de desenvolvimento não só para a região, mas para todo o Brasil. Quem sustenta todo esse ecossistema de inovação é nossa gente que trabalha arduamente, empresas, instituições públicas, universidades, associações, enfim, todos que não medem esforços para manter a tradição em inovação da nossa cidade. Estamos no caminho certo, fazendo um trabalho grandioso, como o nosso povo merece”, disse o prefeito de Itajubá, Christian Gonçalves.
PRÊMIO NACIONAL DE INOVAÇÃO
O Prêmio Nacional de Inovação é a maior premiação de inovação do país, e reconhece os esforços bem-sucedidos de inovação e gestão da inovação das empresas, ecossistemas de inovação e pesquisadores que atuam no Brasil.
Na categoria Ecossistemas de Inovação, o enquadramento dos ecossistemas de inovação foi definido por meio dos critérios como número de habitantes e PIB total dos municípios envolvidos, número de ICTs/Universidades, número de Ambientes de Inovação existentes.
A equipe do PNI adotou uma série de critérios para avaliar os ecossistemas de inovação do país, que disputaram em três categorias: Pequeno Porte, Médio Porte e Grande Porte. Itajubá concorreu na segunda, com os ecossistemas Bioma de Inovação de Maringá (PR) e Sistema Regional de Inovação do Sudoeste do Paraná.
Entre os critérios avaliados, estão a capacidade de gerenciamento das informações para interação dos agentes que compõem o ecossistema; o estimulo e orientação para a transformação de oportunidades em ações, proporcionando a resolução dos desafios tecnológicos e de inovação das empresas existentes ou a criação de novos negócios; a capacidade do ecossistema de articular seus atores globalmente com outros ecossistemas do mundo, buscando parcerias internacionais e investimentos financeiros, bem como a globalização dos produtos e serviços gerados; e a capacidade dos atores do ecossistema em captar recursos, bem como o impacto do investimento para acelerar o seu crescimento e proporcionar o desenvolvimento de novas startups, talentos e tecnologias.
Também levaram em consideração a atração e a retenção de talentos de outras regiões/países e o desenvolvimento de talentos locais, promovendo o empreendedorismo e um ecossistema interativo e plural; as estratégias de crescimento e desenvolvimento regional por meio da inovação, fixação de empresas, investimentos e empreendedores; a maturidade da interação entre os diferentes atores inseridos no território e a capacidade tecnológica do ecossistema; e a maturidade dos mecanismos de apoio à inovação.